Manhãs, Café e Solidão: A Arte de Habitar o Próprio Silêncio

Existe um encanto único nas manhãs que começam sem pressa, quando a cidade ainda sussurra e a luz parece hesitar antes de invadir os cantos. É nesse intervalo entre o sono e a agitação que o café se transforma em aliado. Não um simples líquido, mas um convite a observar: o vapor dançando na xícara, o primeiro gole que desce como um suspiro consentido.  

A solitude então, não é ausência é presença. É o colo onde os detalhes ganham volume: o clique da cafeteira, o voo de um inseto pela janela, o peso do corpo na cadeira. Não há necessidade de desculpas ou disfarces. Até o café queimado tem seu lugar aqui, porque solidão é o direito de ser imperfeito sem plateia.  

E se no início ela parece um quarto vazio, com o tempo você descobre: esse silêncio é território fértil. É onde as perguntas sem resposta deixam de assustar, onde você se reconhece nos cantos que o mundo não vê. A Solidão não é fria é íntima. É a conversa que só acontece quando paramos de fugir de nós mesmos.  

Afinal, manhãs renovam, café acalenta, mas a solitude? Ela é a mestra silenciosa que nos lembra: às vezes, o que parece vazio é só espaço para crescer.  

P.S.: Se hoje a Solitute pesar, experimente acolhê-la como parte da jornada. E se quiser compartilhar: como você transforma momentos sozinho em algo que nutre? 
Por aqui, é café sem açúcar, caderno rabiscado e a coragem de ouvir o próprio coração.  

Até qualquer hora.

Não se esqueça Viver dá um texto.


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